Atualizado: 12/7/2011 23:00
Aliados já defendem volta de diretor do Dnit ao governo após denúncias
BRASÍLIA - O Palácio do Planalto avalia que foi precipitado tirar Luiz Antonio Pagot da diretoria-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e procura uma 'saída honrosa' para ele. Embora considerada difícil, até a possível permanência de Pagot no cargo tem sido cogitada por auxiliares da presidente Dilma Rousseff. Líderes da base aliada defenderam, alguns abertamente, a volta de Pagot ao comando do Dnit. A presidente Dilma, porém, resiste em recolocá-lo no cargo.
Auxiliares da presidente acham que o retorno dele daria mais agilidade ao fim das divergências com o PR, partido de Pagot. Ele foi afastado do cargo após denúncias de corrupção na pasta. Na terça-feira, 12, ao prestar depoimento no Senado, Pagot evitou polêmicas com o governo. O Planalto temia o tom do depoimento e uma possível ampliação da crise no setor.
Na sessão da Comissão de Infraestrutura que ouviu Pagot, o senador Blairo Maggi (PR-MT) foi explícito ao pedir a permanência do afilhado na diretoria-geral do Dnit. Para ele, em um mês, quando for concluída a sindicância nos Transportes, se não forem constatadas irregularidades a presidente tem a obrigação de reconduzir Pagot ao cargo.
Já o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou de público sua solidariedade a Pagot e ao senador Alfredo Nascimento (PR-AM), que saiu da direção do Ministério dos Transportes na semana passada em meio à crise. 'Eu me solidarizo com o Pagot e com o Alfredo Nascimento', disse Vaccarezza num almoço dos líderes dos partidos da base aliada com a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais).
Indagado sobre a possível permanência de Pagot no Dnit, Vaccarezza respondeu: 'Se ele vai continuar ou não, cabe ao novo ministro decidir'. Ele afirmou ainda que, no depoimento no Senado, Pagot falou a verdade, o que, na sua opinião, dará elementos para a imprensa e para a sociedade compreenderem como é que são feitas obras no Brasil.
Ausência do PR. Num sinal de que as relações estão estremecidas, o PR não compareceu na terça ao almoço da base com Ideli, organizado pelo líder do PT, Paulo Teixeira (SP).
'O PR é um dos partidos mais fiéis da base aliada. Não é justo que não tenha um representante aqui', disse o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), 'Quero que o partido volte a ter um lugar na base e nas decisões.'
Em seguida, outros líderes governistas falaram da necessidade de superar o problema Pagot e trazer o PR de volta à base.
Nos bastidores, dirigentes do PR comemoraram o depoimento de Pagot. Auxiliares da presidente Dilma Rousseff avaliavam que se Pagot repetir nesta quarta-feira, 13, na Câmara o desempenho que teve no Senado terá praticamente conseguido um habeas corpus para reivindicar a permanência à frente do Dnit, ou para obrigar o governo a lhe abrigar em outro posto.
'Nesse ritmo, não se provará nada contra ele, o que lhe dá condições de reivindicar seu espaço', disse o deputado José Guimarães (PT-CE).
Palavra de ministro. O próprio ministro Paulo Sérgio Passos, que substituiu Alfredo Nascimento na pasta, disse que não sabe ainda se manterá Pagot. 'Não posso me antecipar à decisão da presidente', disse.
O governo busca uma saída para Pagot e dá demonstrações de que negociará com ele uma solução para o Dnit. Por enquanto, a única alternativa discutida foi a possibilidade do senador Blairo Maggi permanecer no cargo, ainda que temporariamente. A interlocutores do governo, Pagot deixou claro que não aceita sair do Dnit acusado de irregularidades. Tudo o que fez, ressalta, teve a chancela do governo.
Setores do Planalto dão razão ao diretor do Dnit. Argumentam que a Controladoria Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU) não apresentaram indícios de irregularidades na sua gestão.
Desde o início da crise, o governo tenta desvincular o apadrinhado de Blairo Maggi das suspeitas de irregularidades.
Auxiliares de Dilma dizem o retorno de Pagot ao cargo manteria a aliança do PT com Blairo Maggi em Mato Grosso, o que é a preocupação do governo. Auxiliares de Dilma minimizam estragos na imagem da presidente se houver um recuo. Observam que foi positiva a substituição de Alfredo Nascimento por Paulo Sérgio Passos, que tem perfil mais técnico. / COLABOROU TÂNIA MONTEIRO
Companhia especializada em proteção digital dá dicas para manter seu patrimônio estratégico intacto
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Segurança da informação é parte do plano estratégico de qualquer companhia minimamente séria. O problema é que nem todas parecem saber disso. Para auxiliar as empresas e CIOs na busca por tecnologias de prevenção, Pedro Goyn, presidente da True Access Consulting, empresa especializada em tecnologias de segurança preparou uma lista de sete tecnologias que, se ainda não foram adotas pelas empresas, deverão ser adquiridas em breve:
1 - IDM - Identity Management ou Gestão de Identidade, solução para acompanhamento e gerenciamento do perfis e de usuários internos ou externos para acesso a sistemas e recursos de uma empresa.
2 - DLP - Data Loss Prevention (Prevenção de perda de dados) - Solução que possibilita que as organizações detectem e classifiquem os dados confidenciais a fim de prevenir e proteger perda acidental ou mal intencionada de informações críticas.
3 – SIEM - Security Information and Event Management (Gerenciamento de eventos e informações de segurança) - Solução com a finalidade de coletar e prover análise, em tempo real, de alertas de segurança gerados.
4 – GRC - Governança, Risco e Conformidade - Solução que consiste na integração das áreas de conhecimento de Gestão de Risco, Governança e práticas de auditoria e controle.5 - Firewall de Aplicação/ Banco de dados - Solução com inspeção profunda de pacotes, analisando requisições e respostas na camada de aplicação. 6 - HSM (Hardware Security Module) dedicado à função de repositório seguro de chaves de segurança provendo assim uma plataforma para serviços de criptografia, como assinatura digital e encriptação. Essa integração nativa torna o processamento das informações muito mais rápido e seguro.
7 - Autenticação por novos dispositivos, como é o caso dos Tokens ópticos geradores de chave de segurança, cartão de segurança, tabela de senhas, dispositivo de senha eletrônicas etc..
“Essas tecnologias são hoje o que podemos considerar de mais moderno no ramo de segurança. A principal dica é olhar para dentro da sua empresa, verificar o que está em prática e adotar as soluções pendentes. Muitas vezes, nossos dados já estão sendo espionados e não nos damos conta, quanto mais nos adiantarmos aos ataques menos problemas teremos no futuro.” finaliza Goyn.
A OPORTUNIDADE PARA TODOS CONHECER O MUNDO
O presidente da República Luiz Inácio da Silva participou o lançamento do programa nacional Um Computador por Aluno (Prouca) no município de Caetés, no Agreste de Pernambuco. A cerimônia teve início por volta das 18h e contou com a presença do ministro Fernando Haddad, da Educação.
Tâmaris Raquel Pereira Lopes, uma estudante local subiu ao palanque para agradecer ao presidente em nome de todos os alunos do município. Em seguida, outros jovens receberam das mãos do presidente computadores portáteis pertencentes ao projeto, que prevê a doação de computadores para alunos da rede pública.
Esta é a quarta visita de Lula a Pernambuco este ano. De Caetés ele segue para Garanhuns, onde participa de um ato político com a candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff. O governador Eduardo Campos, candidato à reeleição pela chapa “Frente Popular de Pernambuco” também estará presente. Eles se encontram com prefeitos e lideranças políticas no Colégio Monsenhor Ademar da Mota Valença e depois partem para o Festival de Inverno de Garanhuns (FIG).
DISCURSO
Na ocasião, o presidente falou a respeito do programa, da importância da educação e do avanço brasileiro na área. Confira a seguir, o discurso:
“Não sei se chamo a cidade de Caetés ou de Vargem Comprida. Quando eu saí daqui, no dia 13 de dezembro de 1952, a cidade se chamava Vargem Comprida. Dez anos depois virou cidade e só voltei aqui em 1979. Fiquei decepcionado, porque eu tinha uma imagem do açude, achava que era do tamanho do mar, e quando voltei vi o quanto era pequeno. A única coisa que cresceu foi o coração do povo de Caetés, a cidade e o desenvolvimento”.
“Não vou falar aqui de computador porque o ministro da Educação já falou de educação. E quando ele fala, o presidente não precisa mais falar. Quero dizer ao povo da minha profunda alegria de voltar a minha terra natal e ver que a cidade está crescendo, se desenvolvendo e poder entregar computador para os estudantes de Caetés. Vocês não sabem, mas computador virou uma paixão, sobretudo entre as crianças e os adolescentes. Não existe mais criança ou adolescente neste país que não queira computador. Lembro que quando discutíamos em 2004 a criação de um programa para aquisição de computadores, falávamos em criar um programa através do qual o companheiro pudesse comprar um computador e pagar em até 60 vezes. Porquê até então computador era uma ciosa que só atendia a parte mais rica da população, porque pobre não tinha dinheiro. O programa que criamos para baratear o computador foi uma revolução no Brasil. Pobre que só via o computador na televisão pôde entrar numa loja e comprá-lo. O computador serve de instrumento para ampliar o aprendizado das crianças brasileiras”.
“Por muito tempo eu tive medo. E não é nenhuma vergonha dizer isso. Eu tinha medo porque eu ficava preocupado que cada um de vocês baixasse a cabeça no computador e cada um ficasse sem conversar com o vizinho, criando uma juventude que não conversa mais entre si. Até que eu fui na cidade de Piraí, no Rio de Janeiro, a primeira cidade brasileira onde todas as crianças tiveram computador dentro das escolas. Elas desistiam de ir à escola antes do computador. Depois do computador, não há desistência. Eles aprendem muito mais, e sabem de qualquer coisa que está acontecendo no mundo e sobre qualquer matéria. Queria pedir que a gente medisse a qualidade da educação de Caetés até hoje e daqui a um ano, um ano e meio quero voltar aqui para ver o quanto a educação evoluiu. Estamos distribuindo 150 mil computadores para cidades no Brasil”.
“Podem ficar certos de que eu não deixarei a presidência sem que a gente tenha entregue os computadores na zona rural de Caetés. Significa que até o dia 31 de dezembro nós vamos ter que entregar os computadores para as crianças da área rural de Caetés. A ideia vem sendo trabalhada há alguns anos. A ideia é que todas as escolas públicas deste País tenha computador com internet banda larga. É como um livro, uma caneta. Ele tem esse material como instrumento de aprendizado. As crianças vão evoluir com muito mais rapidez. É importante apenas que as mães tenham cuidado para que as crianças não fiquem noite e dia no computador”.
“Eu queria, companheiros, dizer que eu não poderia deixar de trazer esse benefício para Caetés, porque é uma cidade pequena, ainda pobre e que está se desenvolvendo na medida em que Pernambuco está se desenvolvendo”.
“O Brasil está numa situação muito melhor do que já esteve em qualquer momento de sua história. O País vai crescer bem, a crise americana não mexeu conosco. Já sou o único presidente da República do Brasil que não tive a oportunidade de ter um diploma universitário. Nem eu, nem meu vice, José Alencar. E quando eu falo isso, não falo para que algumas crianças digam ‘se o Lula foi presidente sem estudar, porque eu vou estudar?’. Não, eu quero que todos estudem mais, para que todos tenham um diploma. Embora eu seja o único presidente sem diploma, eu fui o presidente que mais criei universidades no País”.
“Veja como serve de lição para a gente: a primeira escola técnica brasileira foi construída em 1909. Em oito anos, vamos entregar uma vez e meia mais o que foi feito em 93 na história desse País em escolas técnicas”.
“O Prouni foi um jeito que nós inventamos para colocarmos estudantes pobres da periferia em universidades. Hoje já tem 706 mil jovens da periferia fazendo universidade pelo Prouni. Na semana passada eu vivi um dos momentos mais extraordinários que um presidente pode viver. Eu fui para uma reunião com os primeiros 400 jovens que se formaram em Medicina pelo Prouni. O curso de Medicina custa quase R$ 5 mil por mês. A coisa mais difícil é uma pessoa de classe média baixa faça esse curso, a não ser que ele passe em uma universidade pública. Como muita gente quer ser médico, o vestibular é complicado, concorrido”.
“Na educação, nós ainda estamos trabalhando para que todas as escolas tenham um laboratório de informática. Queremos que cada criança neste País, pode ser o filho ou a filha da pessoa mais pobre do mundo, tenha o direito de ter um computador para estudar, porque o Brasil é um grande exportador de minério de ferro, da bauxita, de suco de laranja, de café, terceiro maior exportador de avião. O Brasil virou um País grande. Agora não precisamos exportar apenas isso. Queremos exportar conhecimento, inteligência. Não adianta vender ferro e depois ter que comprar um chip pequenininho por US$ 1 mil”.
“É por isso que eu quero dizer que esse País nunca mais voltará a ser o mesmo. Nesse País nunca mais um presidente vai se humilhar para o FMI ou para outro País. Nós aprendemos a ter auto-estima, a gostar de nós mesmos. Basta a gente perseverar, lutar, que não existe nada que não seja possível”.CONHEÇA SETE SOLUÇÕES DE SEGURANÇA DA IMFORMAÇÃO PARA SUA IMPRESA